Brasileira será astronauta?

Menina faz vaquinha para estudar na nasa...

Maria Gisllanny Bezerra Silva criou projeto para levar conhecimento sobre ciências espaciais para crianças de escolas públicas no Mato Grosso e já foi premiada em concurso de redação da agência espacial.

Aos 21 anos de idade, a estudante de Física da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Maria Gisllanny Bezerra Silva, sonha em ser astronauta e um dia chegar à Marte. Mas antes disso, a sua próxima jornada é os Estados Unidos, onde ela quer fazer cursos da NASA em 2020, ser aluna de física e engenharia do Sweet Briar College por quatro anos e  fazer mestrado e doutorado para ser aceita no programa de formação de astronautas da agência espacial.

Para arrecadar recursos para todas essas despesas a jovem lançou a vaquinha online “Maria rumo a Marte”, na qual qualquer pessoa pode contribuir. Em abril deste ano, ela foi classificada como uma dos 24 jovens líderes e inovadores de diversos países vencedores do STEAM e Space Award da ONG The Mars Generation (em português ‘Geração Marte’).

Em entrevista à GALILEU, ela conta que ficou inspirada a participar do programa após assistir o documentário “Mars Generation”, da Netflix. Mas o gosto por astronomia surgiu aos oito anos de idade, quando ela inciou os estudos de modo autodidata em enciclopédias e livros da escola.

Este ano, durante o evento “Saber, Sonhar, Realizar”, do Sebrae MT, a estudante palestrou para mais de 700 alunos e encontrou pela quarta vez o atual ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marcos Pontes. Segundo ela, Pontes tem uma carreira inspiradora. “Quando eu tinha oito anos eu o vi chegar ao espaço pela televisão, decidi que queria seguir a profissão”, conta Silva.

Em janeiro, ela apresentou em várias universidades dos EUA o Projeto Zero G, do Instituto Plêiades, criado por ela para levar conhecimento sobre ciências espaciais para crianças de escolas públicas no Mato Grosso. A jovem já ministrou palestras para mais de três mil crianças no estado brasileiro.

“Os alunos nem sempre gostam de física, química e matemática, mas têm muita curiosidade sobre os astronautas e o espaço, então a nossa ideia é juntar as duas coisas para aumentar o rendimento dos alunos”, explica Silva, que foi premiada em 2016 no concurso internacional de redação “Cassini: Cientista por um Dia” e pelo programa Missão X, da NASA.

“Quero representar o Brasil e inspirar mais garotas a seguirem a carreira científica”, conta a jovem. “Pretendo me expandir e trabalhar com meus projetos sociais para futuramente abrir um instituto de pesquisa e educação no Brasil que irá proporcionar mais oportunidades para os jovens continuarem sonhando.”

8 de novembro de 2020

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